sábado, 14 de agosto de 2010

Gregório McNutt and Brian Head (Korn)


"...porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo."

Por que Deus não intervém?

     O martírio se tornou comum em certos países. Pessoas diariamente perdem suas vidas, casas e família por uma causa: Cristo. 
     Jesus disse que nós não somos desse mundo, por isso o mundo nos odeia. As perseguições fazem parte do cristianismo. Somos odiados porque amamos, bendizemos e falamos a verdade. Então vem a pergunta: Porque Deus não faz nada? Então eu pergunto, porque o Pai permitiu que Jesus, parte dEle mesmo, morresse na cruz? E sofresse tanto? E eu respondo: porque era necessário. Ele não poupou o Filho, porque era necessário. É necessário que o Evangelho sofra.
     Então alguem pergunta, mas qual a boa parte de ser cristão? Eu respondo: o prêmio é Jesus. A Igreja perseguida nunca diminui, só cresce. Nunca retrocede, só avança. Cresce saudável e unida! Diferente da nossa, que não padece perseguição física.

     Nós também temos perseguições: A perseguição moral. A nossa perseguição é o pior tipo de perseguição que existe. É ministério contra ministério, Igreja conta Igreja, irmãos contra irmãos, desamor, desunião, presunção, disputa. É uma guerra entre irmãos...Então eu pergunto: Porque Deus permite? Ele não quer essas coisas, como não quer que seus Filhos morram em torturas. Isso é importante. Acontecem estas coisas por causa do pecado no homem e o pecado que fere a Terra. Estamos sujeitos a este sistema, embora Deus não o sujeite ainda. Logo virá um tempo em que os ímpios não terão vez e nós reinaremos com autoridade. O nosso prêmio é Jesus, e a cruz faz parte do discipulado.
     Os que são perseguidos amam isso: sofrer pelo mestre é algo que lhes traz honra. Eles dizem: nada como ser um mártir, e participar dos sofrimentos do meu Senhor. Ou seja, Deus permite que aconteça, mas guarda seus corações e lhes traz paz que excede o entendimento.

                                                       - At 8, Fp 1, Rm 8:13-19.

     É importante ressaltar que os 12 discípulos foram martirizados. Então você deve estar dizendo: calma lá! João não! Bem, o motivo pelo qual ele foi para Pátmos é interessante: Por causa do vivo testemunho de Jesus, foi condenado pelo governador à morte num tacho de óleo fervente. E saiu vivo! Então foi exilado em Pátmos e Deus lhe deu a revelação do Apocalipse. A perseguição trouxe glória maior à João. Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, pois não se considerou digno de morrer como seu Mestre. Paulo foi decapitado. Um dos apóstolos foi trucidado, pois seus membros estavam amarrados à cavalos que se dispersaram velozmente.

"Todos que desejam seguir a Cristo serão perseguidos duramente."
                                                                                                                                                                                                   - 2 Tm 3:12.

"Nós somos loucos por causa de Cristo, mas voces são sensatos em Cristo! Nós somos fracos, mas voces são fortes! Voces são respeitados, mas nós desprezados! Até agora estamos passando fome, sede e necessidade de roupas, estamos sendo tratados brutalmente, não temos residencia certa e trabalhamos arduamente com nossas proprias mãos. Quando somos amaldiçoados, abençoamos, quando perseguidos, suportamos, quando caluniados, respondemos amavelmente. Até agora nos tornamos a escória da terra, o lixo do mundo."

  - 1Co 4:10-13.

     Portanto, é necessário que haja sofrimento. Faz parte do Evangelho. Mataram a Jesus. O que esperar que façam conosco?
     Para os perseguidos não é sofrimento. É amor, é graça, é paixão. Eles sabem que não importa quão grande tormenta passem aqui. Continuarão a fazer o bem e dar ânimo e forças ao Evangelho, produzirão bom fruto e receberão o prêmio maior, que é Jesus. 

"Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória, acima de toda a comparação."

 - 2Co 4:17.

     Ou seja, sofrer é a garantia que estamos indo bem como filhos. Não é sofrimento, mas, sim, glória. Os carnais não entendem. Para eles é fanatismo. Os espirituais almejam isso, pois sabem que, sem perseguição não se vive o pleno Evangelho.

                                                                                                                (Lucas Rolim)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O pior lugar do mundo? O mundo!

          Expectativa. Lutar. Perseverar.  A sociedade, dia após dia, vem nos bombardeando com palavras de motivação. Palavras bonitas, mas vazias. Palavras que maquiam a verdadeira intenção do sistema. Essa sociedade, que pensa nos dar conforto com palavras, é a mesma que nos oprime e nos cobra. Uma sociedade que nos excluí por não termos um carro do ano, ou por não fumarmos e bebermos. Pois o normal é ter um pai alcoólatra, uma mãe com depressão, um filho gay, e uma filha rebelde. Sim, isso é normal. Ora, então porque essa sociedade têm plantado em nossas vidas tantas frases clichês de auto-ajuda e tantos "manuais" de como ser feliz?
                                  
                                   "O ser humano possuí dentro de si um vazio enorme, 
                                      do tamanho de Deus, e só Deus pode preenchê-lo."
(Blaise Pascal)

          O ser humano passa a vida toda em busca de respostas. Em busca de algo para preencher o vazio que possui. Alguns procuram no álcool, outros nas drogas ilícitas, outros ainda, no sexo, alguns nas festas... mas todo esse prazer é momentâneo. É passageiro. Não nos traz felicidade. Traz alegria. Mas uma alegria que não têm sentido. Uma alegria que não é plena. Pois a alegria plena é a felicidade.
          Quando conhecemos o Senhor, percebemos que de nada valem a alegria e o prazer obtidos em ações mundanas. Nada se compara a felicidade e a paz que Ele nos dá.
          Precisamos abrir mão desse mundo! Precisamos nos inconformar com seus padrões! Pois nada se compara à presença do Senhor!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O sobrenatural do Evangelho é o amor

          O valor do Rei está em seu grande amor. O amor que constrange. Que faz o indivíduo largar tudo, vender todos os seus bens e seguí-lo. Que faz pescadores largarem suas redes, cobradores de impostos deixarem a vida de corrupção, majestades despojarem seus tronos, viciados largarem as drogas, assassinos abandonarem a violência. O amor que dividiu a história do mundo. O amor pelo qual muitos deram suas vidas. O amor que é mandamento. Que é a causa das ações de Deus. O amor que é visto como a resolução dos males. O amor, que é o motivo de o Senhor permitir que acordemos todas as manhãs.
     "Pela cruz me chamou, gentilmente me atraiu, e eu, sem palavras, me aproximo quebrantado por seu amor."
          Isso é o que acontece com aqueles que são consumidos com o amor ágape.
          Precisamos amar, ser o canal do amor de Deus pelas pessoas.

"There is no fear in love.
But perfect love drives out fear, because
fear has to do with punishment. The one who fears
is not made perfect in love."

- 1 John 4:18



domingo, 1 de agosto de 2010

"E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim." Mt 10:38


          A cruz não é desventura nem pesado destino; é o sofrimento que resulta da união exclusiva com Cristo. A cruz não é sofrimento casual, mas sofrimento necessário. A cruz não é sofrimento relacionamento com a existência natural, mas com o fato de pertencermos a Cristo. A cruz não é, essencialmente, apenas sofrimento, mas sim sofrimento e rejeição - rejeição no sentido rigoroso, rejeição por amor de Jesus Cristo, e não em consequência de qualquer outra atitude ou confissão. Um cristianismo que não venha mais tomando o discipulado a sério, que transformara o Evangelho em consolo da graça barata e para o qual a existência natural e a existência cristã estavam inseparavelmente misturadas, tal cristianismo tinha que considerar a cruz uma desventura diária, uma tribulação e angustia de nossa vida natural. Esqueceu-se que a cruz significa sempre também rejeição, que o opróbrio do sofrimento é inerente à cruz. Ser rejeitado no sofrimento, desprezado e abandonado pelos seres humanos, como se lamenta tanto o Salmista, eis a característica essencial do sofrimento da cruz que já não é compreensível a uma cristandade incapaz de distinguir entre existência cristã. A cruz é a compaixão com Cristo, sofrer com Cristo. Somente a união com Cristo, tal como esta se verifica no discipulado, está, de fato, sob a cruz.
          "...tome a sua cruz." Ela já está preparada desde o início; falta apenas levá-la. Porém, para que ninguém pense que tem que sair a procura de uma cruz qualquer, seja onde for, ou que deve procurar voluntariamente o sofrimento, Jesus diz que existe uma cruz já preparada para cada um de nós, uma cruz a nós destinada e atribuída por Deus. Cada qual tem que suportar a medida de sofrimento e rejeição que lhe é reservada. Essa medida varia de pessoa para pessoa, pois a um Deus honra com maior sofrimento, dando-lhe, inclusive, a graça do martírio; a outro, porém, não permite que seja tentado além de suas forças. No entanto, a cruz é uma só.
          Não somos maiores que nosso Mestre. O sofrimento da cruz foi a Ele conferido. Por que não seria também a nós?
                        
                                                                                               (Dietrich Bonhoeffer)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Obediência Simples

A obediência simples, literal.

          Quando Jesus nos fala para largarmos tudo  e o seguirmos, pensamos: "Bom, eu vou trabalhar, porque é mais importante. Eu preciso subsistir, como Deus vai me sustentar sem que eu esteja trabalhando? Então falo d'Ele pros meus colegas de trabalho, e assim estarei obedecendo..." E por aí vai... 
          Somos diferentes dos 12. Jesus disse: "Segue-me!" Eles foram. Sem questionar. Obediência simples, a de ouvir e obedecer, a ordem seguida da ação!
         Por que complicamos tanto? 
         O jovem rico (Mt 19:16-30) foi além. Já sabia e cumpria os mandamentos, mas queria sondar o Mestre. Logo, recebe uma ordem expressa do PRÓPRIO JESUS, de vender tudo e dar aos pobres e o seguir...Porém, ele se nega. Ele é mais "homem" que muitos de nós. Foi sincero. Com sua atitude ele afirma que não conseguiria largar suas riquezas. Todavia nós, damos sempre um jeito de camuflar a verdadeira ordem, para que não pese em nossa consciência.
         Então passamos por essa vida, como peregrinos, que escrevem sua história na platéia da existência, pois não optamos em atuar no palco. Preferimos viver como o resto do mundo... Afinal, é tão normal. 
         E agora pergunto: "O que há de anormal em largar tudo e seguir as ordem do Senhor? 
         Para nós, cristãos, isso deveria ser prioridade, viver na contra-mão da sociedade, viver no sobrenatural, viver no IDE!